45 cantigas de roda para celebrar a tradição com alegria

Parte da cultura brasileira, as cirandas são memoráveis entre crianças, adultos e idosos. A simples brincadeira que envolve dança e canto em grupo, personificam a alma lúdica e diversificada do país de um jeito singular e cheio de harmonia. A seguir, confira essa seleção de cantigas de roda divertidas que te farão viajar pela história e relembrar a infância!

Cantigas de roda infantil

Não atire o pau no gato, porque isso não se faz. O gatinho é nosso amigo, não devemos maltratar os animais. Miau!

Meu lanchinho, meu lanchinho, vou comer, vou comer! Pra ficar fortinho, pra ficar fortinho e crescer! E crescer!

Havia uma barata na careca do vovô, assim que ela me viu bateu asas e voou. Do-re-mi-fa-fa-fa. Do-re-do-re-re-re. Do-sol-fa-mi-mi-mi. Do-re-mi-fa-fa-fa!

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Borboletinha está na cozinha fazendo chocolate para a madrinha. Poti, poti, perna de pau, olho de vidro e nariz de pica-pau.

Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar!

Comer, comer, comer, comer é o melhor para poder crescer!

Meu pintinho amarelinho cabe aqui na minha mão. Quando quer comer bichinhos com seus pezinhos, ele cisca o chão!

Sapo-cururu na beira do rio. Quando o sapo canta, ô maninha, é porque tem frio.

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Um, dois: feijão com arroz. Três, quatro: feijão no prato. Cinco, seis: falar inglês. Sete, oito: comer biscoito! Nove, dez: comer pastéis!

Cantigas de roda curtas

Marcha soldado, cabeça de papel. Se não marchar direito, vai preso pro quartel. O quartel pegou fogo, a polícia deu sinal, acode, acode, acode a bandeira nacional.

Caranguejo não é peixe, caranguejo peixe é, caranguejo não é peixe na vazante da maré. Palma, palma, palma, pé, pé, pé. Caranguejo só é peixe, na vazante da maré!

Meu limão, meu limoeiro, meu pé de jacarandá. Uma vez, tindolelê, outra vez, tindolalá.

Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega esta criança que tem medo de careta. Não, não, não, não pega ele, não! Ele é educado e tem um grande coração.

Eu sou um bolinho de arroz, meus bracinhos vieram bem depois, minhas perninhas ainda estão por vir e eu não tenho boquinha pra sorrir. Por que, por que?

O sapo não lava o pé. Não lava porque não quer. Ele mora lá na lagoa, e não lava o pé porque não quer, mas que chulé!

Oi, marinheiro, marinheiro, marinheiro só, quem te ensinou a navegar? Marinheiro só, foi o balanço do navio? Marinheiro só, foi o balanço do mar, marinheiro só.

Quem me ensinou a nadar, quem me ensinou a nadar foi, foi, marinheiro, foi os peixinhos do mar. Foi, foi, marinheiro, foi os peixinhos do mar.

Fui morar numa casinha-nhá, infestada da de cupim-pim-pim. Saiu de lá, lá, lá, uma lagartixa-xá, olhou pra mim, olhou pra mim e fez assim: hum-hum!

Cantigas de roda antigas

Como pode o peixe vivo viver fora da água fria? Como pode o peixe vivo viver fora da água fria? Como poderei viver? Como poderei viver, sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?

Fui no Tororó beber água e não achei, achei linda morena que no Tororó deixei. Aproveita minha gente que uma noite não é nada, se não dormir agora, dormirá de madrugada.

Vamos maninha, vamos, lá na praia passear! Vamos ver a barca nova que do céu caiu do mar. Nossa Senhora está dentro, os anjinhos a remar. Rema, rema remador, que este barco é do Senhor!

Capelinha de melão é de São João, é de cravo, é de rosa, é de manjericão. São João está dormindo, não acorda, não. Acordai, acordai, acordai, João!

O trem maluco quando sai de Pernambuco vai fazendo vuco, vuco até chegar no Ceará. Rebola pai, mãe, filha, eu também sou da família, também quero rebolar!

Pombinha branca o que está fazendo? Lavando roupa pro casamento. Vou me lavar, vou me secar, vou pra janela pra namorar!

Seu lobato tinha um sítio, ia, ia ô! E nesse sítio tinha um pato, ia, ia, ô! Era quá, quá, quá pra cá! Era quá, quá, quá pra lá! Era quá, quá, quá pra todo lado, ia, ia ô!

As flores já não crescem mais, até o alecrim murchou. O sapo se mandou, o lambari morreu porque o ribeirão secou! Oh, tra lá lá lá lá, oh! Oh, tra lá lá lá lá, oh! Oh, tra lá lá lá lá, lá oh!

Ai, eu entrei na roda, eu não sei como se dança. Eu entrei na “rodadança”, eu não sei dançar.

Cantigas de roda populares

Se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante, para o meu, para o meu amor passar.

Cai cai balão, cai cai balão, na rua do sabão. Não cai não, não cai não, não cai não, cai aqui na minha mão!

Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado. Foi meu amor que me disse assim, que a flor do campo é o alecrim!

Eu sou pobre, pobre, pobre de marré, marré, marré. Eu sou pobre, pobre, pobre de marré desci! Eu sou rica, rica, rica de marré, marré, marré. Eu sou rica, rica, rica de marré desci!

Pirulito que bate, bate, pirulito que já bateu. Quem gosta de mim é ela, quem gosta dela sou eu!

Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar, tirava a Maria do fundo do mar.

A dona aranha subiu pela parede, veio a chuva forte e a derrubou. Já passou a chuva, o sol já vai surgindo e a dona aranha continua a subir.

Terezinha de Jesus deu uma queda, foi ao chão. Acudiram três cavalheiros, todos de chapéu na mão. O primeiro foi seu pai, o segundo seu irmão, o terceiro foi aquele que a Tereza deu a mão.

A barata diz que tem sete saias de filó, é mentira da barata, ela tem é uma só... Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só!

Cantigas de roda folclóricas

O pião entrou na roda, ó pião! Roda pião, bambeia pião! Sapateia no terreiro, ó pião! Mostra a tua figura, ó pião! Faça uma cortesia, ó pião! Atira a tua fieira, ó pião! Entrega o chapéu ao outro, ó pião!

O meu boi morreu, o que será de mim? Mande buscar outro, oh morena, lá no Piauí!

Samba lelê está doente, está com a cabeça quebrada. Samba lelê precisava de umas dezoito lambadas!

A minha gatinha parda, que em janeiro me fugiu. Onde está minha gatinha, você sabe, você sabe, você viu? Eu não vi sua gatinha, mas ouvi o seu miau. Quem roubou sua gatinha foi a bruxa, foi a bruxa pica-pau.

Nana, neném, que a Cuca vem pegar. Papai foi na roça, mamãe foi trabalhar.

Pula a fogueira, Iaiá! Pula a fogueira, Ioiô! Cuidado para não se queimar, olha que a fogueira já queimou o meu amor!

Olha a rosa amarela, rosa. Tão formosa, tão bela, rosa. Olha a rosa amarela, rosa. Tão formosa, tão bela, rosa!

Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim? Um ovo, dois ovos, três ovos assim? Coelhinho da Páscoa, que cor ele tem? Azul, amarelo, vermelho também!

E um balão vai subindo, vem caindo a garoa. O céu é tão lindo e a noite é tão boa! São João! São João! Acende a fogueira no meu coração.

Os ritmos das cantigas de roda possuem uma magia que com certeza te fará mergulhar em um universo de tradição e cultura com muita alegria.

É indiscutível que elas são parte das relíquias do povo brasileiro e merecem ser lembradas com palmas, rodopios, comunhão e cantoria.

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Psicóloga apaixonada por literatura e psicanálise. Acredito que as palavras, escritas ou faladas, têm o poder de transformar.

 

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