50 frases de Alice Ruiz para conhecer mais dessa escritora incrível

Sem saudade de você, sem saudade de mim. O passado passou enfim.

Eu sinto que você é a pessoa mais parecida comigo que eu conheço, só que do lado do avesso.

Depois que um corpo comporta outro corpo, nenhum coração suporta o pouco.

Folha seca sobre o travesseiro acorda borboleta.

Amigo grilo sua vida foi curta minha noite vai ser longa.

Fim de tarde, depois do trovão, o silêncio é maior.

Lua quase cheia, por trás das nuvens, nos olhos do cão.

Que o breve seja de um longo pensar. Que o longo seja de um curto sentir. Que tudo seja leve de tal forma que o tempo nunca leve.

Já que você não merece, devolva minhas preces, meu canto, meu amor, meu tempo, por favor, e minha alegria que, naquele dia, só te emprestei por uns dias.

Sou uma mulher polida vivendo uma vida lascada.

Quem ri, quando goza é poesia até quando é prosa.

Cereja agridoce. O que tiver de ser, você seja.

Lesma no vidro procura uma sombra que seja ela mesma.

Primeiro vagalume. Assim começa o fim do ano.

Agora sim tenho a morte na alma e a vida nas mãos.

Voltando com amigos o mesmo caminho é mais curto.

Por uma só fresta entra toda a vida que o sol empresta.

O menino me ensina, como um velho sábio o quanto sou menina.

Você já veio com contra indicação, altos riscos de contaminação. Chegou assim de vírus, radiação, contaminando minh' alma e coração.

Fim de tarde depois do trovão o silêncio é maior.

Neve ou não neve. Onde há amigos, a vida é leve.

Vontade de ficar sozinha só pra saber, se você ia ou vinha, quando deixou esse bagaço no meu peito.

Já estou daquele jeito que não tem mais conserto. Ou levo você para cama ou desperto.

O relógio marca quarenta e oito horas sem te ver, sei lá quantas para te esquecer.

Ano que termina areia cheia conchas mínimas.

Jardim sem flor entre as páginas do livro a rosa e sua cor.

Chuva no lago. Cada gota, um lago novo.

Entre uma estrela e um vagalume, o sol se põe.

Socorro, alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha.

Teu corpo seja brasa e o meu a casa que se consome no fogo. Um incêndio basta pra consumar esse jogo.

Que viagem. Assim que você chega, a abóbora vira carruagem.

Cada onda reflete na areia a nova lua cheia.

Era uma vez uma mulher que via um futuro grandioso para cada homem que a tocava. Um dia ela se tocou.

Janela que se abre, o gato não sabe se vai ou voa.

Era rio, agora na avenida, rio da vida.

De dia um improviso, de noite uma farra, a gente ia viver com garra.

Tantos outonos em uma paisagem chuva nos pinheiros.

Nenhum limite nos coloca a não ser o seu branco imaculado. Sem palavras esse branco nos seduz a preenchê-lo. Falta que se desfaz em apelo.

Rede ao vento se torce de saudade sem você dentro.

Nada como a noite. Escurece e tudo se esclarece.

A gaveta da alegria já está cheia de ficar vazia.

Correndo risco, a linha do corpo ganha seu rosto.

Tarde cinza toda azaleia arde em rosa.

Ribeirão Preto, onde se ouve cheiro de vagalumes.

Sono profundo, coberta de neblina minha cidade.

Atenção: essa vida contém cenas explícitas de tédio. Nos intervalos da emoção.

Te procuro nas coisas boas. Em nenhuma encontro inteiro. Em cada uma, te inauguro.

Que importa o sentido se tudo vibra?

Ser feliz ou não, questão de talento.

Minha casa o sapo já sabe entrar e sair.